Os países da América do Sul estão super em alta, pelos preços das passagens aéreas e pela proximidade, você pode pegar um feriado e ir para Buenos Aires na Argentina, Punta del Este no Uruguai, ou mesmo Santiago, no Chile.
São muitos lugares incríveis para você visitar!
Hoje convidamos a Michele Sousa para nos falar sobre a sua viagem à Santiago no Chile.
Vamos nessa?
Conhecer um país diferente é e sempre será um atrativo, mas em meio a crise se torna quase impossível. QUASE! Minha amiga Carol e eu começamos a nos planejar para ir ao Chile seis meses antes. Foi minha primeira viagem para fora e não sabia exatamente por onde começar.
O destino era certo, seria o Chile, mas o lugar exato que queríamos conhecer, tínhamos dúvida entre: Pucón, Atacama, Patagônia Chilena ou Santiago.
Com isso, iniciamos pela pesquisa de passagens para cada um desses lugares.
Para Pucón estavam ótimos os preços tanto de passagens quanto hospedagem, pois o vulcão tinha entrado em atividade no início do ano anterior.
Atacama, em parâmetros de custos, seria como viajar para o nordeste brasileiro em alta temporada, ou seja, fugia totalmente do orçamento inicial.
Santiago, mesmo sendo palco da Copa América 2015 na época, o que pela lógica encarecia os custos, foi a escolha campeã.
Fechamos hostel e passagens dentro do nosso orçamento e ficamos de analisar custos de passeios nas agências locais, pois há uma variação considerável entre elas.
Tem que ter paciência e pesquisar bastante, afinal agências é o que não faltam na região metropolitana. Fizemos e recomendo, a reserva prévia do transfer para ir do aeroporto para o centro da cidade, já que o preço é fixo e assim, não corre o risco de cair em “ciladas” de taxistas.
Onde ficar em Santiago

O hostel que nos hospedamos por seis noites foi o La Chimba, bem localizado no bairro Bellavista paralela à Pio Nono, região boêmia (uma Augusta ou Vila Madá, para os paulistas), o que facilitou muito nossa vida para explorar a cidade.
Íamos a pé para todos os lugares. Tínhamos fácil acesso a vários pontos turísticos como, Cerro Santa Lúcia, o Mercado Central e parques.
Usamos o metrô apenas duas vezes para chegarmos à Plaza de Armas, Palácio de la Moneda e ir ao restaurante giratório, que dá para ter uma vista panorâmica das cordilheiras e da cidade.
Nas ruas do bairro Bellavista há muitos bares, teatros, baladas, museu, zoológico, e ainda o Pátio Bellavista que é um espaço que possui bares com música ao vivo, restaurantes, pizzarias, lojinhas, casa de câmbio, espaço de exposições enfim, de tudo um pouco.
Vale lembrar que no Chile, alguns destes comércios só abrem após as 11 da manhã, todos os dias, enquanto na vida noturna tudo fecha cedo de segunda a quinta, por volta das 22h30.
De sexta a domingo as baladas e bares funcionam até as três, mas para quem gosta de esticar a noite, existem as “afters” clandestinas, então são poucas as pessoas que sabem aonde rolam. Se tiver interesse, pergunte no seu hostel.
O que comer

A culinária local é muito rica, oferecendo desde frutos do mar, comum na região, até de culturas de diferentes países.
Do próprio Chile, temos algumas comidas típicas, como o Pastel de Choclo.
Da culinária peruana, está muito presente o Arroz Chaufan.
Também é bem comum encontrar o lanche Chivito por lá, tradicional do Uruguai.
Para fechar, mas não menos importante, vai encontrar com muita facilidade o Cachorro Quente Turbo, que acompanha abacate, cenoura e temperos, além da salsicha, claro.
Há também as bebidas MARAVILHOSAS como o Pisco sour, Mojito Corona, terremoto e claro os vinhos (que são muito mais baratos nos mercados).
Tem o Piscola, que é febre lá, a todo momento do dia haverá alguém com um copo grande dessa bebida na mão, mas não curti muito.
Provei também o famoso Mote com huesillo, uma bebida feita com pêssego e sementes de trigo, achei bom, mas as sementes do fundo não me agradaram.
O que fazer

Os passeios que escolhemos na agência foram: as praias Viña del Mar e ValParaiso, a Vinícola Santa Rita e uma vinícola orgânica chamada Emiliana.
Fizemos os passeios ao litoral em um feriado nacional, nenhum comércio sequer abriu e nem museus, então infelizmente não conseguimos realizar a visita à casa do poeta Pablo Neruda.
Portanto, DICA: estudem o calendário dos lugares que pretendem viajar para não “perderem” um dia.
Entretanto, fizemos um Free Tour e como foram passeios de pleno contato com a natureza, trouxe uma sensação maravilhosa da magnitude da natureza, daquelas que preenchem mais ainda o coração da gente, sabe?
Minhas impressões

Durante os seis dias que estivemos em Santiago, avistamos sempre policiais de prontidão nas ruas, parques e comércios, o que nos deu mais segurança para ficarmos a vontade na cidade.
Os prédios e ruas no centro da cidade não tem pichações, degradação ou até mesmo sujeira, inclusive existe coleta seletiva, não são simplesmente lixeiras disponíveis nos locais.
As esculturas, monumentos dos parques estão bem conservados, assim como ruas e calçadas.
Os prédios baixos e as ruas planas do bairro Bellavista tornam mais fácil a locomoção de todos, independentemente de condições ou limitações físicas.
Por conta do terreno, também se vê muitos ciclistas. Para atravessar a rua é preciso atenção redobrada, pois quando fecha o semáforo para os carros, o dos ciclistas se abre quase que simultaneamente, e vice versa. Então para aqueles que gostam de atravessar fora da faixa, ao fazer isso lá, me atrevo a dizer que é quase um suicídio.
As sinalizações e informações são boas, as pessoas são educadas e solícitas. Homens e mulheres chilenos são em geral, um povo muito bonito, agradável e respeitosos.
Para se ter uma ideia do qual gentis os chilenos são, os cachorros de rua são TODOS agasalhados para aguentarem o frio, que não é pouco. Fomos em junho, pegamos o inverno e as madrugadas chegam a ser doloridas de tanto frio.
O que senti de Santiago foi uma cidade planejada, com ricos traços arquitetônicos e claro, em ascensão busca por melhorias, por exemplo, ecologicamente falando. A cidade está sendo arborizada e na raiz das mudas foi calculado um diâmetro em terra necessário para o crescimento saudável da espécie. O buraco além disso tem grade, para evitar acidentes.
Por isso recomendo e aconselho a todos que tiverem uma oportunidade, visitem o Chile. Eu fui e com certeza voltarei para conhecer os outros lugares e me apaixonar ainda mais por este País.
Texto por Michele Sousa
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