Você está pronto para uma experiência que vai mudar a sua forma de ver mundo? Então vem comigo para descobrir o CouchSurfing!
Mais que uma forma de se hospedar de graça na casa de moradores locais, está aí a oportunidade de você se sentir imerso em uma nova cultura enquanto viaja.
O CouchSurfing é uma plataforma que ajuda a promover esses encontros entre pessoas que estão em busca de um sofá para dormir gratuitamente na casa de um morador local, enquanto do outro lado estão os moradores dispostos a ceder um espaço de sua casa para receber pessoas.
Mas, mais do que isso. Todos têm um ideal em comum: conhecimento. Seja de novas culturas, novos pensamentos, novas formas de agir ou mesmo novas pessoas.
O CouchSurfing é uma ótima maneira de economizar e conhecer pessoas do mundo todo, seja como hóspede ou anfitrião.
Quer saber como funciona? Então continue lendo:
Usando o CouchSurfing como hóspede:
1- Cadastro
Para se hospedar na casa de alguém, primeiramente você precisa ter um cadastro que pode ser feito por aqui.
Para agilizar o processo você pode clicar em assinar pelo Facebook e então o CouchSurfing terá acesso a algumas informações básicas sobre você (fica tranquilo, é seguro).
Em seguida há um questionário bem, mas bem detalhado mesmo sobre você. Você pode optar por não responder uma pergunta ou outra, mas lembre-se: quanto mais detalhes tiver, mais fácil será de você encontrar um lugar para ficar.
Imagina só, como você se sentiria colocando uma pessoa que você não tem nem ideia de quem é na sua casa?
Então, no caso você é o estranho aqui, que pretende se hospedar na casa de uma outra pessoa. Portanto, coloque o máximo de informações possível, para que o anfitrião passe a te conhecer como se fosse um amigo de infância.
Uma outra dica é ler outros perfis de CouchSurfers com boas avaliações para usar como referência para o seu perfil. Normalmente esses perfis têm um tom bastante sincero e simpático, além muitas fotos de viagens e com outras pessoas.
É recomendado que escreva em inglês, afinal é o idioma mais comum entre os usuários. Se não souber, não tem problema, mas no momento do contato, dependendo dos idiomas que o anfitrião falar, pode ser um limitador.
Importante: seja sempre honesto!
2- Encontrando um lugar
Se você for para alguma grande capital turística como Londres, Paris e Nova York, comece a procurar o quanto antes.
As grandes cidades costumam ter grande concorrência entre CouchSurfers, então o quanto antes começar sua busca, mais chances terá, afinal terá mais tempo para se candidatar e conversar com os anfitriões.
– Leia todo o perfil antes de se candidatar:
Para conseguir um lugar precisa ter paciência.
Leia o perfil inteiro dos anfitriões antes de entrar em contato. Pode acontecer que ao entrar em contato, eles te fazerem algumas perguntas cujo as respostas estão no perfil, assim eles avaliam se a pessoa, de fato, leu o perfil dele – alguns inclusive pedem que você mande um código já na primeira mensagem. Se não fizer, será ignorado de cara.
– NUNCA, NUNCA copie e cole as mensagens para os anfitriões:
Primeiro porque você pode deixar algo importante passar batido e pagar um micão, tipo esquecer de editar o nome da pessoa para o qual você está enviando a mensagem.
Segundo porque por mais que para você tente escrever uma única mensagem para que pareça natural a todos, não vai. Quem lê, sabe!
Então invista um tempo, mande uma mensagem realmente personalizada, mostre que você leu o perfil do anfitrião, diga o que te interessou, porque gostou dele e porque deve te receber. Diga também sobre seus interesses em fazer novos amigos e ter novas experiências.
3- Estou recebendo muitas respostas negativas. E agora?
Receber alguns “nãos” é muito comum no início. Tente identificar qual foi o problema e bola para frente.
De repente, pode ter sido a escolha das suas fotos, ou seu perfil esteja incompleto, ou você precise melhorar mais o discurso para convencer o anfitrião.
As vezes, pode ser simplesmente porque estão realmente indisponíveis para te receber. Vale tentar questionar para um ou outro o motivo do não, quando sentir abertura. Diga que está com dificuldades de encontrar um lugar e que quer melhorar o perfil mas não sabe como, então pergunte qual a sugestão dele.
– A maioria dos hosts no CouchSurfing estão em busca de conhecer novas pessoas
O CouchSurfing não é um hotel gratuito e sim um estilo de viagem. Se você não gosta de conversar, quer ficar na sua, quer fazer as coisas sozinho ou simplesmente não está afim de socializar, talvez seja melhor encontrar uma outra forma de se hospedar.
Provavelmente, durante sua estadia, o seu anfitrião vai querer saber mais sobre você, sua vida, seus costumes. Talvez ele te convite para um jantar ou leve você para conhecer alguns pontos legais da cidade – não necessariamente turísticos.
É bem diferente do que ficar em um hotel, hostel ou mesmo alugar um quarto pelo Airbnb.
– Tente retribuir:
Procure alguma forma de retribuir a sua estadia. Você pode pagar um jantar para ele, dar um vinho de presente, levar alguma lembrancinha do seu país na mala já com esse intuito, você pode cozinhar, …, são muitas as formas e não necessariamente envolvem dinheiro.
Aliás, acredito que dinheiro seria a última das opções, pois se estivessem interessados nisso, anunciariam o quarto no Airbnb, não no CouchSurfing.
Mais uma vantagem em conhecer bem o anfitrião, pelo perfil e depois pelas conversas, assim facilita ao pensar em na lembrancinha.
PS.: Isso não é obrigatório! Mas quem não gosta de receber agrados?
– Faça uma avaliação no site:
Após a sua estadia, não deixe de fazer uma avaliação sobre seu host. Conte como foi a sua experiência, se foi boa ou ruim, o que você achou da cidade, os passeios que você fez, enfim, compartilhe sua experiência! Isso ajudará ainda mais a comunidade.
Usando o CouchSurfing como anfitrião:
O mesmo cadastro para se hospedar serve para receber pessoas em casa. Você só precisa selecionar a opção “Accepting Guests” e esperar alguma pessoa para surfar no seu sofá.
Quando eu digo sofá pode ser um sofá mesmo! Um colchãozinho, um quarto com suíte, o quartinho dos fundos, vale de tudo. Só precisa deixar claro no seu perfil para que os CouchSurfers saibam bem o que você tem disponível e topem.
Alguns anfitriões podem no máximo dividir a própria cama, e sim, isso acontece!
Então da mesma forma que você pode se hospedar na casa de alguém, você pode receber alguém na sua casa. É uma ótima oportunidade para praticar um novo idioma, conhecer uma nova cultura e dar uma de guia turístico nos tempos livres.
Sendo um bom anfitrião, você receberá boas avaliações no seu perfil que serão levadas em consideração quando você também quiser se hospedar na casa de alguém.
Alguns cuidados a se tomar:
Dá um certo receio? Dá! Grande parte das pessoas que conhecemos que optaram por esse tipo de hospedagem gostaram e repetiriam, mas pode acontecer de não dar certo. Para evitar ou corrigir esses possíveis imprevistos siga as seguintes dicas.
1- Leia as avaliações:
Veja se são positivas ou se tem algo que todo mundo fala e que te incomoda, antes mesmo de fazer contato.
Se tiver muitas avaliações negativas, gaste a suas energias em algum outro perfil com melhores.
O mesmo vale ao ser anfitrião.
2- Converse com seu anfitrião:
Pode ser por Skype, por exemplo. Primeiro para saber se ele é ele mesmo, segundo para tirar todas as dúvidas.
Pergunte como é a casa, regras da casa, qual a melhor opção de transporte para chegar até lá, ….
Conversem um pouco e veja se há sintonia. Essa é uma boa oportunidade para tirar todas as dúvidas.
3- Pesquise alguns hotéis ou hostels na cidade:
Caso tenha algum imprevisto, como o anfitrião não poder mais te receber por todo período combinado ou então se você não estiver confortável com a estadia, ter opções para recorrer é sempre importante, então tenha anotado os endereços desses lugares.
4- Deixe o endereço da casa onde você vai ficar com alguém de confiança:
Pode ser com seus pais ou amigos próximos, por exemplo. Assim caso aconteça algum problema, eles sabem onde te procurar. Esperamos, é claro que nada de ruim de aconteça, mas é bom tomar esses cuidados só por precaução.
CouchSurfing além da hospedagem:
Se você não puder receber ninguém em casa, está de passeio por alguma cidade (mesmo não sem ser como CouchSurfer), você pode se encontrar com pessoas que estão pela cidade também.
Existem muitos encontros de CouchSurfing organizados pelos próprios membros da comunidade. Você pode conhecer novas pessoas, praticar novos idiomas, trocar experiências e se divertir muito.
Eu mesma fui algumas vezes no CS Meeting de São Paulo e foi muito legal, normalmente eles marcam os encontros em lugares baratinhos, para não pesar no bolso da galera. Dá para conversar bastante e fazer novos amigos.
Dá uma olhada na página de eventos! – Precisa estar logado.
Além disso, se você estiver viajando pode mandar uma mensagem apenas para encontrar algum membro da comunidade, é a sua chance de conhecer uma cidade nova apresentada por um morador local.
A experiência do Gabi
Sempre tive vontade de fazer CouchSurfing pela oportunidade de conhecer pessoas novas e um pouco mais da cultura de algum lugar, vindo de alguém que realmente vive ali, não somente está de passagem.
Porém todas vezes que tentava, deixava para fazer em cima da hora e em cidades grandes, onde a concorrência é muito maior. Além disso, não dava a atenção que o processo exige, de analisar os perfis em detalhes, ver se encaixam no tipo de pessoa com a qual me daria bem, escrever uma apresentação única e direcionada para esta pessoa, enfim, não fazia da forma correta.
Um belo dia, estava buscando uma carona pelo BlaBlaCar, para ir de Praga à Budapeste. Conversando com a motorista, disse que não tinha onde ficar ainda.
Prontamente ela se ofereceu para me receber em sua casa – isso tudo pela internet, sem nunca ter me visto.
Depois ela explicou que na verdade ela morava numa pequena cidade há 30 minutos de trem de Budapeste, chamada Sződliget. Ainda assim, para mim estava ótimo, afinal 30 minutos não é nada.
Pude conhecer uma minúscula cidade da Hungria que jamais conheceria em outras condições. Conversamos bastante, tive oportunidade de curtir um pouco o Rio Danúbio e brincar por horas com seu filho, mesmo sem nos entendermos em uma palavra sequer, pois ele não falava inglês e eu, obviamente, não falo húngaro.
Até aí, já seria uma experiência bem gratificante. Não bastasse, ela sabendo que eu não tinha onde ficar em Budapeste, escreveu um post no Facebook perguntando a amigos se alguém poderia me receber. Em poucas horas, eu já tinha uma nova casa por mais três noites – desta vez na cidade mesmo.
Novamente, fui muito bem recebido, tive a chance de passear durante o dia, conhecer o bar onde minha nova anfitriã trabalhava, saber um pouco da história do bairro onde estava e por aí vai.
Neste meio tempo, encontrei um hostel para passar um tempo, pelo Worldpackers. Então logo após estes três dias, parti para uma outra e passei mais três semanas em Budapeste.
Posso dizer que foi uma experiência extremamente gratificante. Mesmo sem ter usado a plataforma do CouchSurfing, a essência é exatamente a mesma, ficar na casa de pessoas que estão disposta a um bate-papo, que tem uma afinidade de interesses e querem conhecer pessoas e culturas diferentes.
Claro que não é sempre que encontramos casas na sorte, como foi comigo, então a plataforma é sim extremamente válida, mas deve ser usada da forma correta. Não deve sair mandando solicitação copiada para todos anfitriões, eles vão perceber e não vão te aceitar. Digo por experiência própria.
Aja naturalmente, busque com calma, com antecedência, pesquise, leia, bata um papo. É muito melhor para nós e para os anfitriões, afinal saber que existe uma afinidade só vai abrir mais portas e tornar a convivência muito mais valiosa e proveitosa.
E aí, o que achou? Comenta aqui em baixo se você já tinha conhecimento sofre o CouchSurfing e compartilhe no Facebook para ajudar seus amigos que gostam de viajar.